segunda-feira, abril 10, 2006

Pelo Fim das Touradas no Mundo

Muitos terão já ouvido falar da lamentável intenção de duas associações touromáquicas (uma portuguesa e uma espanhola) de proporem à UNESCO a tauromaquia enquanto património cultural. Esta ideia absurda tem ainda o apoio da Associação Internacional de Tauromaquia.

Já em 1999, aquando do escândalo de Barrancos, a autarquia daquela localidade tentou fazer com que o tabuado (o conjunto de tábuas que, montadas, serviam de bancada para a assistência das touradas de morte em Barrancos) fosse também reconhecido como património cultural.

Na altura a UNESCO não aceitou a proposta, mas os defensores deste espectáculo bárbaro continuam a acreditar que são detentores de uma virilidade inigualável que os torna promotores de uma dignidade tradicional sem precedentes.

Touro EnsanguentadoAcontece que, se o ditado "a tradição já não é o que era" existe, é para ter aplicabilidade em casos destes. Estamos cansados de proclamar os motivos éticos que nos impelem à abolição das touradas, estamos fartos de explicar o significado de senciência (característica que partilhamos com os animais não-humanos), e já todos nos ouviram explicar porque é tão errado continuar a promover uma atrocidade que só define o nosso povo como de baixo nível intelectual!

Que precisamos de dizer mais para vos convencer a juntarem-se a nós e a apelar à UNESCO que não aceite tal barbaridade?

Em baixo segue uma sugestão de contacto redigida pela ANIMAL. Só precisam de copiar o apelo para um corpo de e-mail, e fazê-lo chegar aos endereços bpi@unesco.org, ich@unesco.org e cnu@unesco.pt.

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Dear Madams and Sirs,

I have learned that Portuguese and Spanish unions of breeders of bulls for bullfights are planning to ask the UNESCO to accept, recognise and safeguard bullfights and bullfighting activities as intangible cultural heritage. While we all recognise that bullfights are still common in some European countries such as Portugal, Spain and in the South of France and in some Latin American countries, such as Mexico, the truth is that they are far from being representative of any of these countries culture. Actually, all these countries are far richer in their culture than bullfighting advocates would say. Most of all, bullfights have become highly unpopular spectacles in Europe and throughout the world, generating organised and on going protest campaigns by animal protection organisations in Portugal, Spain, France and in many Latin American countries. Bullfights are such violent shows – which are based in torturing and spiking bulls repeatedly –, that even Spanish cities have already been declared anti-bullfighting cities, which happened more significantly in Barcelona. Large international animal protection organisations such as the World Society for the Protection of Animals and People for the Ethical Treatment of Animals have been campaigning for the end of bullfights in Spain, while these organisations, along with other British, Dutch and French organisations have been supporting the ethical struggle against bullfights in Portugal, as in France. Latin American animal protection groups have been doing the same in Mexico and in other Latin American countries, again supported by European and American animal protection organisations.

I urge the UNESCO to strongly reject any proposal to have bullfights and affiliate activities recognised as an intanglibe cultural heritage, as I strongly feel that the world will only be culturally and morally more developed when acts of abhorrent cruelty to animals such as bullfights become only a dark part of the past.

Yours, sincerely,

(Nome)
(Cidade, País)
(E-mail)

Pelo Tratamento condigno e pelo Fim do Extermínio dos Animais em Canis / Gatis Municipais

Da associação Pelos Animais chega-nos o apelo para que participemos todos divulgando a sua mais recente iniciativa: Pelo Tratamento Condigno e Pelo Fim do Extermínio dos Animais Em Canis/Gatis Municipais.

Canil / Gatil

«Na maioria dos canis/gatis municipais portugueses, os animais são mantidos em condições miseráveis e sujeitos a uma morte indigna.

Combater o problema da sobrelotação dos canis/gatis (ou da sobrepopulação de cães e gatos) através do extermínio, não só é cruel como é ineficaz (segundo a própria Organização Mundial de Saúde).

Manter os animais em canis/gatis sem as mínimas condições de bem-estar e sem receberem apoio veterinário adequado, não só é desumano como desrespeita a legislação de bem-estar animal existente.

Não promover a adopção e a esterilização dos animais nos canis/gatis municipais, não é apenas falta de sensibilidade ou inércia das autoridades, como é uma causa para agravamento do problema que os canis/gatis deveriam combater.
»

Faz aqui o download de uma petição, recolhe o máximo de assinaturas que puderes, e depois envia de volta à associação portuense, que se encarregará de fazer chegar tudo à Assembleia da República.

A morada está na petição, mas fica aqui também registada:

Associação Pelos Animais
Apartado 7051
4051-901 Porto

Ainda a propósito do Circo das Celebridades...

...importa dizer que nenhum do "alarido" dos activistas pela qualidade de vida animal tem sido em vão.

Dois dos patrocinadores deste programa, nomeadamente a COFACO e a REMAX, já vieram a público dizer que desistiram do patrocínio a este programa por terem percebido as atrocidades a que os animais estão sujeitos num cenário circense.

Para além disso, alguma da cobertura noticiosa relativa a esta programa tem sido francamente negativa, destacando-se o artigo que foi capa do semanário Tal & Qual: «Circo das Barbaridades: vimos os animais que Cardinali esconde da TV». Este semanário adiantou-se ainda na publicação de um artigo bastante educativo acerca dos problemas éticos colocados quando se aborda o tema do circo com animais.

Victor Hugo Cardinali pica elefantes durante espectáculo

A Revista Mariana deu também lugar à publicação de duas fotos que mostram Victor Hugo Cardinali explicitamente a picar dois elefantes durante um espectáculo, só porque os animais não lhe obedeciam.

Da parte dos activistas pela causa animal importa lembrar aos mais distraídos que não nos opomos, de forma alguma, à arte circense (pessoalmente eu sempre me deslumbrei pelas cordas bambas, pelos trapézios,…), mas ao uso abusivo de criaturas inocentes que passam a vida enjauladas e drogadas para fazerem parte de um espectáculo que elas não "compraram".

Abertura do Campo Pequeno

Campo Pequeno

Na sua última marcha anti-touradas, a organização ANIMAL havia dito que a próxima seria pela altura da abertura do Campo Pequeno. O Diário de Notícias avançou já com as datas de abertura daquele espaço tauromáquico, pelo que se pede a todos os activistas que estejam alerta e se mostrem disponíveis a juntar-se ao grupo de manifestantes no próximo dia 18 de Maio, quinta-feira. Dar-vos-emos mais informações futuramente!