Pelo Fim das Touradas no Mundo
Já em 1999, aquando do escândalo de Barrancos, a autarquia daquela localidade tentou fazer com que o tabuado (o conjunto de tábuas que, montadas, serviam de bancada para a assistência das touradas de morte em Barrancos) fosse também reconhecido como património cultural.
Na altura a UNESCO não aceitou a proposta, mas os defensores deste espectáculo bárbaro continuam a acreditar que são detentores de uma virilidade inigualável que os torna promotores de uma dignidade tradicional sem precedentes.
Acontece que, se o ditado "a tradição já não é o que era" existe, é para ter aplicabilidade em casos destes. Estamos cansados de proclamar os motivos éticos que nos impelem à abolição das touradas, estamos fartos de explicar o significado de senciência (característica que partilhamos com os animais não-humanos), e já todos nos ouviram explicar porque é tão errado continuar a promover uma atrocidade que só define o nosso povo como de baixo nível intelectual!
Que precisamos de dizer mais para vos convencer a juntarem-se a nós e a apelar à UNESCO que não aceite tal barbaridade?
Em baixo segue uma sugestão de contacto redigida pela ANIMAL. Só precisam de copiar o apelo para um corpo de e-mail, e fazê-lo chegar aos endereços bpi@unesco.org, ich@unesco.org e cnu@unesco.pt.
I have learned that Portuguese and Spanish unions of breeders of bulls for bullfights are planning to ask the UNESCO to accept, recognise and safeguard bullfights and bullfighting activities as intangible cultural heritage. While we all recognise that bullfights are still common in some European countries such as Portugal, Spain and in the South of France and in some Latin American countries, such as Mexico, the truth is that they are far from being representative of any of these countries culture. Actually, all these countries are far richer in their culture than bullfighting advocates would say. Most of all, bullfights have become highly unpopular spectacles in Europe and throughout the world, generating organised and on going protest campaigns by animal protection organisations in Portugal, Spain, France and in many Latin American countries. Bullfights are such violent shows – which are based in torturing and spiking bulls repeatedly –, that even Spanish cities have already been declared anti-bullfighting cities, which happened more significantly in Barcelona. Large international animal protection organisations such as the World Society for the Protection of Animals and People for the Ethical Treatment of Animals have been campaigning for the end of bullfights in Spain, while these organisations, along with other British, Dutch and French organisations have been supporting the ethical struggle against bullfights in Portugal, as in France. Latin American animal protection groups have been doing the same in Mexico and in other Latin American countries, again supported by European and American animal protection organisations.
I urge the UNESCO to strongly reject any proposal to have bullfights and affiliate activities recognised as an intanglibe cultural heritage, as I strongly feel that the world will only be culturally and morally more developed when acts of abhorrent cruelty to animals such as bullfights become only a dark part of the past.
Yours, sincerely,
(Nome)
(Cidade, País)
(E-mail)